sexta-feira, 1 de novembro de 2013
MATADOURO: Sem Limites!
Em "Thunder Road" (A lei da montanha - 1958), Lucas Doolin (Robert Mitchum) é um transportador de bebidas em plena lei seca que possui o talento de jamais ser pego. Doolin define em poucas palavras o palco de sua tragédia ao dizer a sua namorada: "Você está em um extremo e o Vale Rillow em outro. Eu me movo rapidamente entre um e outro. É a natureza do meu negócio.” Esse senso do inevitável que transforma a fuga constante em um estado natural, coloca "Thunder Road" como uma das obras seminais do cinema de perseguição.
A maratona "Sem Limites!" apresenta três clássicos do cinema de perseguição da década de 70, um panorama da maturidade que o gênero vai atingir em filmes como: Vanishing Point (1971) de Richard C. Sarafian, onde o destino humano se revela em uma jornada sem rumo; ou mesmo Dirty Mary, Crazy Larry (1974) de John Hough, que deliberadamente funde o ranger dos dentes com o rugido do motor. Excitante e frenético, coração e motor; finalizando com Gone in 60 Seconds (1974) do artesão H.B. Halicki, dublê e diretor do filme que ficou lembrado por seus 40 minutos finais que registram quase 100 acidentes, a ode absoluta ao cinema de perseguição e seu virtuosismo.
Max Andreone (APJCC - 2013)
14h - Dirty Mary, Crazy Larry (1974)
16h - Vanishing Point (1971)
18h - Gone in 60 Seconds (1974)
09 de Novembro
Local : Escola de Música da UFPA
(Magalhães Barata n° 611 em frente ao Vilhena Alves)
Apartir das 14H
ENTRADA FRANCA
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA NO ATELIER DE ARTES
MATADOURO E POTEMKIN apresentam
OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA
Nada substitui a relação do espectador com um autor e suas ideias enquanto forma. Pode-se decorar datas, saber responder a formulários de múltipla-escolha e até resolver questões subjetivas embasadas em tal ou qual referencial teórico, mas a RELAÇÃO ESTÉTICA – ou em outras palavras, o 'acontecimento erótico das almas na senda sagrada da eternidade' - é insubstituível e insuperável.
O cineclube é o apagar e o acender das luzes. No seu momento escuro seu intuito é cultivar esse tipo de relação, insistir sempre pra urgência desse contato.
Mas também existe o acender. A outra viagem, depois da inconsciente. A que retorna, através da memória, ao filme, e que cutuca, com a vara da razão, as imagens. É o momento da comunhão da consciência; quando todos os espectadores – que em outro momento, uníssonos, olhavam a tela – agora se olham nos olhos, partilham olhares. É a movimento DIALÉTICO.
Na prática cineclubista o que se busca é a instauração do espaço da aprendizagem, onde não existem hierarquias, mas troca de conhecimento. O filme como esfinge e o cinema como enigma revelam o percurso eterno dos peregrinos, que, em roda, desejando se descobrir, trocam impressões acerca dos mistérios partilhados. O cineclube é um produtor de imaginário, e, ademais, um estimulador do senso crítico. Receptivo e ativo, num movimento constante em busca de equilíbrio.
Ele pode assumir várias funções: sociais, culturais, espirituais, políticas, científicas, pedagógicas, catárticas, profiláticas. Depende dos cineclubistas.
Esta OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA tem como foco a criação do Cineclube do Curso de Cinema. O que será, só seus construtores poderão descobrir. Aguardamos todos os interessados para a obra...
Ministrante: Mateus Moura
Produção: João Luciano e Arthur Alves
Local: Auditório do Atelier de Artes do Campus Guamá - UFPa
Programa:
Dia 12 (segunda-feira)
14h as 18h
- Apresentação da oficina e dos projetos (Matadouro e Navega)
- Discussão acerca da importância dos projetos de extensão para credibilização do curso institucionalmente
- Reflexões sobre o cineclubismo e sobre que cineclube querem montar:
a – o que é um “cineclube”?
b – A importância em cada contexto
c – Os papéis do cineclubista
d – As funções do cineclube
-Os processos na prática cineclubista:
a – pré-produção (estudo, curadoria, comunicação)
b – produção (montagem técnica, condução de debate, apresentação de conceitos, registro)
c – pós-produção (divulgação do registro, construção da memória)
- Aula sobre a “montagem do circo” (estrutura)
Dia 13 (terça-feira)
14h as 18h
- Como montar uma cinemateca própria?
a – Discussão acerca da pirataria
b – A fraternidade cinefílica
- Montemos a programação:
a – Quais os critérios?
b – Que funções cada um assumirá?
c – Qual o espaço? Como conseguir a infra-estrutura necessária?
d – Quais as duvidas?
e – Proposta para uma programação semestral
terça-feira, 9 de julho de 2013
O MATADOURO assina a Moção de apoio à greve estudantil da FAV-ICA
Universidade Federal do Pará – Faculdade de Artes Visuais
O CINECLUBE MATADOURO se solidariza com os estudantes dos cursos de Bacharelado em Cinema e Audiovisual e Bacharelado em Museologia da Universidade Federal do Pará que, em assembleias realizadas nos dias 03/07/2013 e 04/07/2013, deliberaram pelo estado de greve estudantil que movimenta estudantes de ambos os cursos.
A partir das reinvindicações levantadas pelo corpo discente, compreende-se a necessidade de levantar discussões acerca da real situação dos cursos de cinema e museologia da UFPa que, desde seu início, com o investimento do REUni (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) perpassa por uma série de esperas e deficiências no que tange a estrutura de ensino.
Objetivando lutar por melhorias e esclarecimentos quanto às precariedades de ambos os cursos, juntamente com o corpo docente e os técnicos administrativos da faculdade, o corpo discente propõe a realização de atividades ligadas à arte que levem a um acordo entre reitoria e as demais partes já citadas, quanto à solução do atual quadro de ensino existente no Instituto de Ciências das Artes – ICA.
Oferecemos o compartilhamento de qualquer informação relevante no contexto da luta estudantil, a divulgação e o apoio nas atividades de greve a serem estabelecidas. Nos comprometemos, desta forma, a atuar nas manifestações junto aos corpos discente, docente e aos técnicos administrativos em busca da qualidade do ensino.
Moção de apoio à greve estudantil da FAV-ICA
09 de Julho de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
1ª MOSTRA MATA D'OURO DE REALIZADORES INDEPENDENTES
1ª MOSTRA MATA D’OURO DE REALIZADORES INDEPENDENTES
Há muitos e muitos anos, na velha Europa, o jovem Jean Luc Godard entrevistou o ancião Fritz Lang. A sombra e o farol. Uma luz a acender, a outra a apagar.
Há muitos e muitos anos, na velha Europa, o jovem Jean Luc Godard entrevistou o ancião Fritz Lang. A sombra e o farol. Uma luz a acender, a outra a apagar.
O documentário “Le dinosaure et le Bébé” (61 minutos) é um diálogo entre
tempos.
E o cinema é a arte dos tempos... reza a lenda também que é a arte da síntese.
A 1ª Mostra Mata D’Ouro de Realizadores Independentes quer traduzir esta
síntese.
Nestes tempos e nestas redes, de embalar e de pescar, o projeto Matadouro
completa 1 ano de atividades no espaço da UFPa e o Cineclube Amazonas Douro
completa 10 anos de estradas e ruas.
Dois tempos dialogáveis pela via das imagens das obras que projetam e sobre as
quais refletem sem vergonha de pensar - entre si, de forma estilhaçada,
fragmentária, justaposta.
Assim como o documentário de Godard - que contém excertos de “M - o vampiro de
Dusseldorf” (de F. Lang) e “O Desprezo” (de Godard) -, as imagens - na história
amazônida - não são pertenças das cronologias.
Elas se desprendem dos imaginários, explodem nos processos criativos da
solidária cultura digital. Com os velhos, os seus conhecimentos tradicionais e
as juventudes pós-modernas. As academias e os pajés. As ciências e as
mandingas. Tempos de ser. E são. Enredados.
Sob estes princípios, os espíritos cineclubistas do Matadouro e do Amazonas
Douro convocam diferentes gerações de realizadores para que estes traduzam a
sua produção e dialoguem sobre os caminhos e as sendas do cinema de nossos rios
e florestas.
O foco é o cinema independente.
A liturgia celebra o encontro da cidade com a sua cultura, entre gerações e
olhares, entre práticas e seus rastros.
Em duas noites, na Capela da UFPa, nenhuma pergunta se calará sobre o que se
produz e se produziu por essas bandas, em diversos formatos de produção e
linguagem.
Se é o ouro que buscamos, que sejamos alquimistas ao invés de garimpeiros,
cultivemos a comunidade ao invés da competição e a verdade antes do museu.
Dediquemos olhares à construção de nossa própria Imagem.
1ª MOSTRA MATA D’OURO
DE REALIZADORES INDEPENDENTES
27 e 28 de Fevereiro - Capela da UFPa - 18H30 ÀS 21h30
PROGRAMA:
27 de Fevereiro de 2013
ICARO GAYA Vivendo em casa 18’
VICENTE CECIM Matadouro 16’ / Fonte dos que dormem 30’
MATEUS MOURA Prólogo 13’ / O meu é especial 13’
MARCIO BARRADAS O rebanho 9’/ Coração Roxo 15’
Dia 28 de Fevereiro
de 2013
RODOLFO MENDONÇA Cronos 1’ / Do amor 5’
EVANDRO MEDEIROS Araguaia Campo Sagrado 51’
FRANCISCO WEYL Anais 9’ / Chapéu do Metafísico 13’
MARCELO MARAT Necronomicon 11’ / Puzzle 18
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