segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Sangue de Lucio Fulci


MATADOURO APRESENTA:

Beatrice Cenci. Lucio Fulci. 1969.


Lucio Fulci é a pele do cinema, exposta. Lagarto, troca de gênero, jamais de olhar; sua língua é afiada, caçadora. Nossas emoções, insetos. Fisiológico, Lucio Fulci é a pele do espírito, exposta. É o que pulsa.
Assisti-lo é um corpo-a-corpo, um olho-no-olho, nos eleva ao extremo estado das emoções mais selvagens: do voyeurismo ao sado-masoquismo, do desejo ao medo, da agonia ao prazer, do horror ao amor. É a tempestade que lampeja detrás da retina do cinéfilo ao contato eriçado do seu aparato captador áudio-visual com imagens/sons explosivas que se oferecem num sonho sangrento, maravilhoso e inefável. É a contemplação da ação dos ossos quebrando, das veias estourando, do sangue jorrando, dos olhos furando. É a emoção - aquele movimento de dentro pra fora, que nos faz sentir vivos. É a violência inventada, saboreada como ficção. É a pulsão destrutiva saciada na comunhão com a arte.
Em uma palavra: Lucio Fulci é o GORE. Ou em bom português: as Vísceras.

SERVIÇO:
Quarta-feira, 18 de julho
18:30
no ICA - Praça da Republica (Pres. Vargas)
Entrada franca


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